Meio Ambiente
Unicentro debate a identidade dos povos dos Faxinais - 04/08/2005 18:43
A Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) promove nesta sexta-feira (05) e sábado (06) o primeiro encontro dos povos dos faxinais no campus de Irati. O tema do evento será “Resistir em Puxirão pelo direito de repartir o pão”. Estarão presentes os membros da Rede Faxinal do Instituto Equipe de Educadores Populares IEEP, Associação de Faxinal do Seixas, Comissão Pastoral da Terra CTP, Terra da Direitos e Instituto Guardiões da Natureza ING, UEPG, Unicentro, IAP, Agaeco, Assis, Incra e Associação do Faxinal Saudade Santa Anita. Maiores informações pelo telefone (42) 3423 2381.
O "Sistema Faxinal" é encontrado desde o começo do século XVIII na região Centro-Sul do Paraná, sobretudo no âmbito da Floresta Araucária. Segundo o coordenador do encontro, Roberto Martins, são pequenos povoados rurais com atividade silvo-pastoril em áreas comuns, além de uma policultura de subsistência. “As áreas de criar e plantar são separadas através de valos e cercas. O Sistema, vindo de Portugal e Espanha, foi implantado inicialmente no contexto cultural dos caboclos, tendo sido absorvido por imigrantes”, explica.
O coordenador ressalta a importância do encontro, ao afirmar que “o objetivo é reavaliar este sistema de organização e auto-reconhecer a identidade dos faxinais”. Martins reforça que o sistema precisa ser tratado conforme suas tradições e “para isso é necessário criar articulações entre eles para que eles ganhem visibilidade social e política”.Além disso, acrescenta que no encontro serão discutidos tipos de políticas e projetos que possam ajudar a preservar essas comunidades.
Nos últimos 40 anos, em função da alta tecnologia agrícola, as comunidades estão sendo destruídas. Isso acontece devido à migração desses pequenos agricultores para o sistema capitalista. Há cerca de dez anos existiam no Paraná 150 comunidades faxinais, hoje esse número caiu para 50, com um total de 3.500 famílias em 26.000 hectares.
O "Sistema Faxinal" é encontrado desde o começo do século XVIII na região Centro-Sul do Paraná, sobretudo no âmbito da Floresta Araucária. Segundo o coordenador do encontro, Roberto Martins, são pequenos povoados rurais com atividade silvo-pastoril em áreas comuns, além de uma policultura de subsistência. “As áreas de criar e plantar são separadas através de valos e cercas. O Sistema, vindo de Portugal e Espanha, foi implantado inicialmente no contexto cultural dos caboclos, tendo sido absorvido por imigrantes”, explica.
O coordenador ressalta a importância do encontro, ao afirmar que “o objetivo é reavaliar este sistema de organização e auto-reconhecer a identidade dos faxinais”. Martins reforça que o sistema precisa ser tratado conforme suas tradições e “para isso é necessário criar articulações entre eles para que eles ganhem visibilidade social e política”.Além disso, acrescenta que no encontro serão discutidos tipos de políticas e projetos que possam ajudar a preservar essas comunidades.
Nos últimos 40 anos, em função da alta tecnologia agrícola, as comunidades estão sendo destruídas. Isso acontece devido à migração desses pequenos agricultores para o sistema capitalista. Há cerca de dez anos existiam no Paraná 150 comunidades faxinais, hoje esse número caiu para 50, com um total de 3.500 famílias em 26.000 hectares.